Design Sucks é um projecto experimental, inserido na Bienal Experimenta Design 2013, com o tema No Borders. Resultou de uma parceria entre o Flúor Studio e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, onde designers e chefes desafiaram a criatividade ao projectar um novo produto alimentar com base numa metodologia criativa similar.
Foram desenvolvidos 5 tipos de chupa, com 5 sabores diferentes, com 5 cores diferentes e que correspondem aos 5 gostos básicos: amargo, ácido, salgado, doce e umami. Este projecto contempla duas fases distintas, uma primeira, que corresponde ao efeito expositivo e performativo, e uma fase posterior mais complexa, a sua comercialização. Os chupas foram concebidos para despertar os sentidos, foram feitos testes à sua resistência, ao som quando quebram na boca, ao cheiro e acima de tudo o gosto fisiológico que é o foco central deste projecto.
O uso da tipografia teve em conta 2 motivos, por um lado, como veículo de comunicação do próprio projecto, é através do produto que o nome se revela. Por outro lado porque sendo um dos princípios, quisemos explorar como a forma pode ou não influenciar o sabor dos alimentos. Ao mesmo tempo seria interessante explorar este conceito pela tipografia que é construída a partir de outras formas. A tipografia é uma ferramenta da qual nos auxiliamos, pela sua multiplicidade e plasticidade. Desde a Futura de Paul Renner, desenhada com formas básicas e angulares à Gotham Rounded toda ela com formas mais redondas. Fazer uso da criatividade e inovação para conquistar os visitantes foi o objectivo da exposição, que procurar unir e dissipar fronteiras entre design e culinária.
Design Sucks materializou-se através de uma exposição no Museu Nacional do Desporto, onde chupas gigantes ocuparam o lugar de peças de exposição de um museu, e na criação de um conjunto de 5 embalagens que seriam a extensão do projecto para além do museu, a sua comercialização.
As reacções a este projecto podem ser adversas, não são sabores nem gostos a que estamos habituados num chupa ou num rebuçado. Podemos gostar ou odiar, mas a ideia inicial sempre foi essa, causar surpresa e ensinar de alguma forma como funciona o gosto do ponto de vista fisiológico. Podemos dizer, após o acto público que se realizou no dia 14, que com toda a clareza há gostos para tudo, e que as preferências não foram de todo unânimes. Houve quem se fascinasse pelo doce, mas houve quem preferisse o amargo e quem ficasse surpreendido pelo umami.